Este relato busca apresentar a realização de um projeto piloto e autônomo de intervenção psicossocial com grupos de adolescentes em duas escolas em uma cidade do Distrito Federal na fronteira com Goiás, entre agosto e dezembro de 2019. A metodologia consistiu em uma abordagem esquizoanalítica de grupos de estudantes do ensino médio, prevendo como procedimento ou programa (como é entendido na conceituação da Esquizoanálise) a realização de dez sessões grupais temáticas, com as quais almejamos propiciar um espaço de autocuidado e autoprodução entre adolescentes que culminasse na elaboração final de um projeto de futuro. Nos resultados, encontramos as demandas das escolas por atenção à saúde para estudantes de comportamento suicida e o próprio cotidiano escolar, entre outros aspectos importantes. Por fim, discute-se vários pontos da experiência profissional relatada, com destaque para o uso de mobilizadores como dispositivo grupal adequado a este contexto e a construção situacional do lugar da(o) psicóloga(o) no estabelecimento escolar.